Durante a audiência pública realizada em Brasília nesta terça-feira (19), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) desempenhou um papel ativo na defesa dos benefícios fiscais concedidos à ZFM. O evento, organizado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, discutiu a regulamentação da reforma tributária, abordada no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024. A audiência foi a oitava de 11 previstas pela CCJ e contou com a relatoria do senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
O PLP 68/2024 trata da implementação de novos tributos decorrentes da Emenda Constitucional 132, que unifica cinco impostos atuais — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — em dois principais: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), além do Imposto Seletivo (IS). Essas mudanças visam simplificar a tributação e tornar o sistema mais eficiente.
Luiz Frederico Aguiar, superintendente-adjunto da Suframa, representou a autarquia na segunda mesa de discussões enfatizando a relevância de preservar os benefícios fiscais da ZFM. Ele argumentou que esses benefícios são fundamentais para estimular o consumo interno, a indústria de transformação e a agropecuária na Amazônia Ocidental e no Amapá, além de integrar a indústria verde às cadeias produtivas já existentes na região. Aguiar também elogiou o papel da bancada amazonense no Congresso, que, segundo ele, foi crucial na aprovação da Emenda 132/2023 e na regulamentação do PLP 68/2024.
O superintendente enfatizou a importância de afastar a CBS das atividades internas de comércio na ZFM e declarou que a reforma tributária, conforme proposta, aprimora os mecanismos de proteção aos incentivos fiscais. Ele destacou que a manutenção desses benefícios reafirma o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento econômico e sustentável da Amazônia.
Além da Suframa, participaram da audiência representantes da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio-AM), Associação Comercial do Amazonas (ACA), Câmara de Dirigentes Lojistas do Amazonas (CDL/AM) e o presidente da Eletros, Jorge Júnior. A união de esforços reforçou a relevância da ZFM como modelo estratégico para a economia nacional e a sustentabilidade da Amazônia.